A Ideia De Cidadania Na Pol Tica De Arist Teles

A ideia de cidadania na Política de Aristóteles

Simone Andrea Schwinn

Filho de um médico da macedônio, Aristóteles é considerado o último grande filósofo grego e o primeiro grande biólogo da Europa. Discípulo de Platão, divergia deste, na medida em que Platão se ocupava do “mundo das ideias”. Aristóteles interessava-se pelas mudanças da natureza, sendo que seus registros (os que chegaram até a modernidade) pormenorizados, como verbetes em uma enciclopédia.
Para Aristóteles, tudo o que ocorre na natureza pode ser dividido em dois grupos principais: as coisas inanimadas, que não encerram uma possibilidade transformação, senão a partir da ação de agentes externos; e as criaturas vivas, que trazem dentro de si uma potencialidade de transformação. As criaturas vivas subdividem-se em dois grupos: dos animais e do homem.
Sua ética está baseada na ideia de felicidade e virtude: Como o homem deve viver? Do que o homem precisa para ter uma boa vida? A resposta que o filósofo traz é que o homem só é feliz se puder desenvolver e utilizar todas as suas capacidades e possibilidades, sendo três as formas de felicidade: uma vida de prazeres e satisfações; uma vida como cidadão livre e responsável e uma vida como pesquisador e filósofo. As três formas devem estar integradas, para que o homem possa ter uma vida realmente feliz.
Relativamente às virtudes, vale o “meio termo de ouro”- os homens não devem ser covardes, nem audaciosos, mas corajosos; não devem ser nem avarentos, nem extravagantes, mas generosos; comer de menos é perigoso, comer demais também é. Somente através do equilíbrio e da moderação é que as pessoas podem tornar-se felizes ou harmônicas.
Para o pensador, o homem é um “ser político”: sem a sociedade não há pessoas completas; a família e a cidade satisfazem necessidades vitais primárias do homem, como comida e calor, casamento e criação dos filhos e a forma mais elevada de convívio humano só pode ser o Estado.
De fato, o Estado tem grande importância na