A IDADE MÉDIA
O período medieval caracterizou-se pelo feudalismo, isto é, estrutura econômica, social, política e cultural que se edificou progressivamente na Europa centro-ocidental em substituição à estrutura escravista da Antiguidade romana.
O feudalismo começou com o processo de fixação da população européia no campo. A agricultura, praticadas nas Villae (vilas ou grandes propriedades agrárias), constituiu a base de uma economia auto-suficiente, cujos desdobramentos conduziriam à formação do mundo agro-feudal.
Os feudos eram os núcleos com base nos quais a sociedade feudal se organizou. Por volta do ano 1000, a maioria das pessoas na Europa ocidental vivia em feudos. Nesse período, a terra tornou-se o bem mais importante, por ser a principal fonte de sobrevivência e poder.
O modo de produção feudal tinha como base a economia agrária, não-comercial, auto-suficiente, quase totalmente amonetária (ou seja, com uso restrito de moedas). A propriedade feudal pertencia a uma camada privilegiada, composta pelos senhores feudais, altos dignitários da Igreja (o clero) e a nobreza.
Servo camponês trabalha com arado no campo das terras de seu senhor. Imagem de As mui ricas horas do duque de Berry, um livro de horas de 1410 com orações para cada hora canônica do dia, encomendado pelo nobre francês João de Valois, o Magnífico, Duque de Berry e Conde de Poitiers. Museu de Condé, Chantilly, França.
A principal unidade econômica era o feudo, que se dividia em três partes: a propriedade privada do senhor, chamada de domínio ou manso senhorial, no interior da qual havia geralmente um castelo fortificado; o manso servil, ou seja, a porção de terras arrendadas aos camponeses e que era divididos em lotes, chamados de tenências; e o manso comunal, terras coletivas (pastos e bosques) usados tanto pelo senhor como pelos servos.
Castelo Lichtenstein, ou Castelo do Conto de Fadas, do século XII, um dos ícones no imaginario da Idade Media,