A hora da alma
(Roberto A. Trajan - 130 / Ano 1 – Fórum – Pequenas Empresas e Grandes Negócios)
Em pleno terceiro milênio, muitas empresas insistem em trocar mercadorias e serviços por dinheiro, em transações mercantis frias e efêmeras. Os tradicionais departamentos de vendas se relacionam com os tradicionais departamentos de compras, cujas negociações repetem os velhos bordões sobre preços, prazos e descontos. Feito o pedido, a relação frívola se estende para as áreas de contas a receber e contas a pagar. Se o pedido era a peça mais importante no ato da venda, agora é o fluxo de caixa que assume esse papel.
Entre as empresas e seus consumidores, a relação não é diferente. É comum um vendedor “empurrar” a mercadoria da prateleira e a funcionária do caixa se preocupar mais em teclar o seu computador do que em dar atenção ao cliente. Nesse caso, o estoque e a tecnologia são as peças principais.
Relações frias e efêmeras! Até quando as “coisas”terão mais prioridade do que as “pessoas”? É claro que o castigo vem a cavalo. Tais empresas ressentem-se de não conseguir fidelizar clientes, reclamam que eles mudam de fornecedor tão logo o concorrente acena com melhores condições: que só querem mesmo é levar vantagem. Ora! Se os clientes não foram escolhidos como “peças” principais, por que esperar que priorizem a empresa quando precisam comprar algo?
Transação mercantil, apenas, é muito pouco para concorrer nos dias de hoje! As empresas precisam estar comprometidas com clientes. Isso significa ir além do pedido, da nota fiscal e da duplicata. Significa entender o negócio do cliente e ajudá-lo a ter lucro. A meta é estabelecer uma relação duradoura. Todos os funcionários devem pensar soluções e alternativas para que os clientes obtenha sucesso no seu negócio. Isso é colocar a “alma”da empresa fornecedora a serviço da empresa-cliente.
Não é diferente quando o cliente é o consumidor final! Afinal, qual é a alma do negócio? É fazer com que as pessoas trabalhem