A história social do Romantismo
Romantismo. A poesia:
Língua Portuguesa
Ueslene Ramos
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar _sozinho, à noite_
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá;
Sem que disfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá.
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras Mi/nha/ ter/ra/ tem/ pal/mei/ras 7 sílabas
A linguagem do poema, escrito há mais de
170 anos, se mostra acessível ou inacessível para o leitor de hoje?
O poema apresenta um jeito de falar brasileiro e uma forte musicalidade, associada ao emprego de recursos como rimas e ritmo.
Que palavras rimam entre si?
Todo o poema se articula em torno da oposição entre dois espaços: a pátria (o
Brasil) e o exílio (Portugal).
Que palavras do texto evidenciam essa antítese? Ao descrever o Brasil, o eu lírico destaca que espécie de elementos: culturais, naturais ou sociais? Justifique sua resposta com elementos do texto.
Que sentimento a distância da pátria provoca no eu lírico?
A natureza, nos textos árcades, não apresentava vida; com um papel secundário, servia apenas como pano de fundo para o idílio amorosos. Além disso, a presença de alguns elementos da paisagem nacional (principalmente mineira) era indício de nativismo, e não de nacionalismo.
No poema romântico de Gonçalves Dias, a natureza brasileira também assume um papel secundário?
Levante hipóteses e troque ideias com os colegas: Qual é a diferença entre sentimento