A história do trabalho
O trabalho dentro da história da humanidade é um elemento que se confunde com a própria vida, já que é o instrumento utilizado pelo homem a fim de satisfazer as suas necessidades mais primárias de saciedade corporal e, portanto de sobrevivência, ou seja, o homem interage junto aos recursos naturais a ele disponíveis a fim de buscar junto a estes elementos que lhe propiciam assegurar a sua existência. Nas palavras de Marx:
Antes de tudo, o trabalho é um processo de que participam o homem e a natureza, processo em que o ser humano com sua própria ação impulsiona, regula e controla seu intercâmbio material com a natureza. Defronta-se com a natureza como uma de suas forças. Põe em movimento as forças naturais de seu corpo, braços e pernas, cabeça e mãos, a fim de apropriar-se dos recursos da natureza, imprimindo-lhes forma útil à vida humana. (Marx, 1985).
O processo executado pelo homem de interação com a natureza a fim de obter da mesma o seu próprio sustento é também praticado pelos animais, ainda que o homem desempenhe essa troca sob forma instintiva, ou seja, visando apenas a satisfação de suas necessidades, ela se distingue da exercida pelos demais animais, porque, através do processo desempenhado por ele junto à natureza, além de imprimir-se mudanças à esta, altera-se a si mesmo e passa a desenvolver as suas capacidades de adaptar-se o meio em que vive, e às suas necessidades. É justamente essa capacidade de observar o meio em que vive e transformar os elementos constitutivos do mesmo e a partir de então elaborar em sua mente a melhor maneira de executar tal intento que o faz diferente do animal.
O que distingue o pior arquiteto da melhor abelha é que ele figura na mente sua construção antes de transformá-la em realidade. No fim do processo do trabalho aparece um resultado que já existia antes idealmente na imaginação do trabalhador. (Marx, 1985).
Em diferentes épocas históricas o trabalho tem assumido