A história do nordeste de amaralina
Na segunda metade do século XIX, as terras que correspondem aos bairros Chapada do Rio Vermelho, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, o Nordeste de Amaralina e as localidades Areal, Boqueirão e Nova República eram grandes fazendas que mais tarde foram loteadas. Assim, parte da ocupação dessa área começou por pessoas que vieram do interior para trabalhar nestas fazendas e depois se converteram em empregadas domésticas, lavadeiras e caseiros, que por trabalharem nas casas de veraneio construídas em meados do século
XX nas imediações da Praia de Amaralina, terminaram por fixarse nas redondezas. A outra parte foi ocupada, segundo Almir Odun
Ará, funcionário do Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina, por pescadores que foram se estabelecendo no local.
Segundo Almir Odun Ará, o Nordeste de Amaralina fazia parte da fazenda da família Amaral (atual bairro Amaralina) e seu nome, está relacionado à posição geográfica que ocupa. Ele afirma que primeiro surgiu Amaralina, e só depois, começou o povoamento mais intenso do Nordeste de Amaralina. No entanto, há quem afirme que o topônimo Nordeste de Amaralina é uma referência à região Nordeste do Brasil devido à concentração de pobreza.
Casas de taipa, sem energia elétrica e água encanada e uma espaçada população, deram origem ao bairro que hoje é visto como uma
“ilha popular” entre vários bairros considerados como de alta renda.
O comércio forte e variado é uma das principais fontes de renda dos habitantes do Nordeste de Amaralina.
Almir Odun Ará
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Para Almir Odun Ará a maior referência do bairro é a cultura e o poder de reação dos moradores. Além das associações de moradores e conselhos comunitários, existem mais quatro entidades atuantes na defesa da comunidade: a Sociedade União e Defesa dos
Moradores do Nordeste de Amaralina, a Sociedade Primeiro de
Maio, a Sociedade Protetora dos Posseiros de Ubaranas e a
Sociedade Cultural do Bairro de Amaralina. Neste