A história da vida sob o ponto de vista Filosófico, Religioso e Político - Questão do aborto

A história da vida
Saber onde começa a vida é uma pergunta antiga. A questão despertou o interesse, por exemplo, do grego Platão, um dos pais da filosofia. Em seu livro República, Platão defendeu a interrupção da gestação em todas as mulheres que engravidassem após os 40 anos. Por trás da afirmação estava a idéia de que casais deveriam gerar filhos para o Estado durante um determinado período. Mas quando a mulher chegasse a idade avançada, essa função cessava e a indicação era clara: o aborto. Para Platão, não havia problema ético algum nesse ato. Ele acreditava que a alma entrava no corpo apenas no momento do nascimento.
Na Roma antiga, a interrupção da gravidez era considerada legal e moralmente aceitável.
Era comum mulheres induzirem o aborto com o objetivo de preservar a beleza do corpo.

A Religião
A teoria do grego Aristóteles sobreviveu cristianismo adentro.
Em 1588, o papa Sixto 5º condenou a interrupção da gravidez,
O sucessor de Sixto, Gregório 9º, voltou atrás na lei e determinou que o embrião não formado não poderia ser considerado ser humano e, portanto, abortar era diferente de cometer um homicídio.
Pio 9º decidiu que o correto seria não correr riscos e proteger o ser humano a partir da hipótese mais precoce, ou seja, a da concepção na união do óvulo com o espermatozóide.

“A vida, desde o momento de sua concepção no útero materno, possui essencialmente o mesmo valor e merece respeito como em qualquer estágio da existência. É inadmissível a sua interrupção”, afirma dom Rafael Llano Cifuentes, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Até séculos atrás, eram apenas as crenças religiosas e hábitos culturais que davam as respostas a esse debate cheio de possibilidades. Hoje, a ciência tem muito mais a dizer sobre o início da vida... A Ciência explica
Galileu Galilei inventou o telescópio, fundamental para a criação do microscópio .
Foi somente no século 17,