2º PND
Entre os anos de 1967 e 1973, o milagre econômico, com taxas de crescimento superiores a 10 % ao ano, implicou em uma crescente demanda por bens de capital e petróleo que não podia mais ser atendida pela indústria brasileira.
Após a prolongada queda do Crash de 1971, à partir de 1973 o crescimento da economia brasileira diminuiu e em 1974 ocorreu o primeiro choque do petróleo, quando seu preço foi elevado abruptamente de US$3,37 para US$11,25 por barril. A crise do petróleo provocou uma aceleração da taxa de inflação no mundo todo e principalmente no Brasil, onde passou de 15,5% em 1973.
O crescimento da economia se tornou-se mais dependente das importações, principalmente de bens de capital e petróleo. Ao mesmo tempo que o aumento da dívida externa ampliou a dependência e a vulnerabilidade financeira da economia brasileira.
Para o país conseguir arcar com a dívida era necessário gerar superávits comerciais, para compensar as despesas financeiras e captar novos recursos para refinanciar a dívida. A geração de superávits comerciais requeria, além de uma política cambial adequada, uma crescente demanda externa; emissões de novas dívidas requeriam um mercado internacional com disponibilidade de liquidez e receptivo a novas dívidas do país devedor. O elevado coeficiente de importação de petróleo da economia brasileira na época do choque do petróleo converteu uma situação de dependência externa em uma situaçãode restrição externa a partir de 1974. Com os novos preços, diminuiu nossa capacidade de importação e, consequentemente, de crescimento do país.
Nos países industrializados os efeitos mais imediatos do choque foram o aumento dos juros e uma a contração da atividade econômica. O que piorou a situação dos países em desenvolvimento que não tinham mais para quem importar, pois antes exportavam material prima para os paises industrializados.
Porém, as dificuldades dos países em desenvolvimento no comércio