A História da Oratória
Porém, no início da história da oratória, somente era permitido aos cidadãos de destaque, ou seja, poucos homens, a capacidade de falar bem em público, com eloquência e desenvoltura. Com o passar do tempo, entretanto, a oratória começou a ser tida como uma capacidade que qualquer homem poderia ter, desde que fosse adquirida e desenvolvida por meio do treino e estudo. Para ter ideia de quão era importante a oratória para os gregos, era comum que eles dissessem “Fale-me para que eu te veja”. Ou seja, apenas quem fala e, de preferência bem, pode ser percebido, ou visto de verdade.
Com o passar dos séculos, a oratória ganhou novo sentido e, na época medieval, mais importante do que falar bem, era a argumentação. Ela servia para iniciar uma disputa, a qual exigia a formulação de um problema e argumentos a favor e contra, uma solução, fundamentação e respostas às objecções postas ou supostas. Nesse momento, também surgiram os elementos da oratória, como o uso de outros códigos para fortalecer as palavras, como o tom da voz, a entoação, a dicção e os gestos.
Além disso, a oratória também foi se adaptando à linguagem e aos costumes de cada povo, à medida que o reconhecimento da sua importância dava a volta no globo terrestre. Assim, a oratória chegou aos dias de hoje bastante diferente, quando se presa por um discurso mais objetivo e natural, sem tantos adornos, como até pouco tempo era um elemento essencial para ter uma boa