A história da infância até a modernidade, com uma análise do Pequeno Príncipe
Uma análise de ‘O
Pequeno Princepe’ na luz da história da infância
Curso de Psicologia - CCS
João Pedro Magalhães e Joema Rocha
9/11/2013
Introdução
Com o passar dos séculos, a forma como a infância e as crianças são vistas pela sociedade foi sendo alterada, passando por diversas formas antes de chegar ao que conhecemos atualmente. Durante a idade média, a criança era tida como um ser frágil, mas facilmente substituível, não alcançando lugar de grandes destaques na família, e, caso conseguisse sobreviver à primeira infância, era vista como um adulto em miniatura, compartilhando de suas funções. A criança como um indivíduo de subjetividade própria, carente de cuidados apropriados só aparece a partir do século XIX, quando a escola passa a representar uma parte mais importante da construção social. A criança como um adulto em miniatura volta a ser vista na atualidade, devido ao grande número de atividades realizadas durante o dia, sem tempo para lazer, e tendo adultos apenas como figuras de autoridade, apesar de ainda serem vistas como seres frágeis, que devem ser protegidos, e donos de uma subjetividade única. Essa criança pode ser vista no livro O pequeno príncipe, escrito em 1940, numa época onde o universo infantil era completamente separado do adulto, onde existiam objetos e situações para adultos, e objetos e situações para criança. Ao descrever uma criança intensamente subjetiva e que apresentava uma grande maturidade, o autor criou uma obra que se apresenta bastante atual, mesmo com todas as mudanças que ocorreram na sociedade.
A história da infância até a modernidade
Sabemos que demorou até que as Ciências Sociais e Humanas focassem a criança e a infância como objetos centrais em suas pesquisas. Demorou mais ainda para que as pesquisas considerassem as relações entre sociedade, infância e escola, entendendo a criança como sujeito histórico. A busca pela interpretação das representações infantis de