A história da economia globalizada
As relações benignas entre progresso e pobreza são claramente formuladas por Adam Smith. Vinculadas à distribuição da renda entre trabalhadores, capitalistas e proprietários. O aumento do bem estar da maioria da população constituída justamente por estes trabalhadores é um termômetro da felicidade da nação: “o que faz melhorar a situação da maioria nunca pode ser considerado como um inconveniente para o todo. Nenhuma sociedade pode ser florescente e feliz se a grande maioria de seus membros forem pobres e miseráveis”. Não, seria justo privar logo aqueles que produzem a riqueza da nação dos frutos da opulência, que naturalmente envolvem não apenas o estritamente necessários à subsistência: “manda a justiça que aquele que alimentam, veste e dão alojamento ao corpo inteiro da nação, tenham uma participação tal na produção de seu próprio trabalho, que eles mesmos possam ter mais do que alimentação, roupa e moradia apenas sofrível”. Uma remuneração digna é a recompensa meritória dos trabalhadores pobres.
Adam Smith esperava que o progresso econômico característico de um capitalismo dinâmico com concorrência livre promoveria a eliminação da pobreza, diretamente via geração de emprego e renda e indiretamente via “endogenização” da lei da população, a elevação do padrão de vida dos trabalhadores com o aumento progressivo das taxas salariais e da produtividade do trabalho, e apenas desigualdades justas no mercado de trabalho, alem de levar a uma redução progressiva das taxas de lucro em paralelo com a elevação das taxas salariais e, portanto, a um aumento da parcela salarial.
Dada a importância da questão social nos momentos de gestação da economia política