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GLOBALIZAÇÃO PARA ALGUNS E SATELIZAÇÃO PARA MUITOS. O
DESAFIO ESTRATÉGICO PARA OS PRÓXIMOS ANOS.
Autores: Sergio Roberto Porto de Almeida, Vivaldo José Breternitz, Ana Maria Roux
Valentini Coelho César e Conrado Miguel Hütten.
Área temática: Estratégias Globais e Regionais.
Resumo :
O artigo discute as implicações do processo de globalização em termos estratégicos e geopolíticos. Contesta o mito da globalização, que tem como discurso a quebra de reservas de mercado e a maior participação, o que não se verifica na prática. Apresenta o conceito de satelização, discutindo o poder do estado e a criação das empresas-estado que mantêm as relações dominador-dominado. Argumenta que, em termos de estratégia empresarial, continuam existindo centros de tecnologia e planejamento centralizadores, que submetem outras economias às suas estratégias. Trata-se de um processo de mão única, cabendo a alguns determinar e, a outros, acatar. É este conceito de dependência ou de “gravitação em torno” que o artigo apresenta como satelização.
Fala-se que o homem de nossa década vem convivendo com uma velocidade de mudança jamais vista em sua história. O desenvolvimento da tecnologia (notadamente na área da informação) e da ciência possibilitou a concretização de antigos sonhos , como navegar pelo espaço, a clonagem de seres vivos e a interligação total do mundo, tanto em aspectos econômicos como sociais. O conceito de “aldeia global“ de MacLuhan concretizou-se, e a cada dia milhões de pessoas conversam nas línguas consideradas mais universais, em detrimento de sua linguagem natal. A cada espaço do mundo consome-se produtos e serviços criados e desenvolvidos em outras economias.
Trata-se do fenômeno da globalização: “um processo de integração mundial que está ocorrendo nos setores de comunicações, economia, finanças e nos negócios. Por sua amplitude e velocidade, esse fenômeno está afetando profundamente indivíduos, empresas e nações, pois altera os fundamentos