A História da Criminalística
Apesar dos avanços tecnológicos que acompanham a Criminalística ou Ciência Forense atualmente, a utilização de técnicas voltadas para a elucidação de crimes remonta a épocas pré-científicas. Entretanto, foi a partir do século XVI que se promoveu uma sistematização de dados de maneira a formar um corpo de conhecimento estruturado.
A Criminalística como conhecemos teria seu início quando Hans Gross, no final do século XIX, propôs que os métodos da Ciência moderna fossem utilizados para solucionar casos criminais.
Em uma definição do 1° Congresso Nacional de Polícia Técnica, ocorrido em São Paulo em 1947, a Criminalística seria a “disciplina que tem como objetivo o reconhecimento e a interpretação dos indícios materiais extrínsecos, relativos ao crime ou à identidade do criminoso”. Podia-se ainda definir a Criminalística não como uma ciência, mas como a aplicação do conhecimento de diversas Ciências e Artes. De forma geral, esta utiliza métodos desenvolvidos e inerentes às diversas áreas para auxiliar e informar as atividades policiais e judiciárias de investigação criminal. Em uma análise atual, a Criminalística é uma ciência aplicada que utiliza conceitos de outras ciências firmadas nos princípios da física, da química e da biologia, no bojo de métodos e leis próprias embasadas nas normas específicas constantes na legislação, principalmente a processual penal. Durante sua evolução, várias foram as denominações doutrinariamente impróprias dadas à Criminalística. Essa Ciência foi chamada de Criminologia Científica; Ciência Policial; Investigação Criminal Científica; Policiologia, as quais se aplicam também à administração policial e aos métodos de elucidação geral. O termo Criminalística é, na verdade, oriundo da escola alemã, sendo utilizado por toda Europa, já naquela época os termos “Kriminalistik e Criminalistique”. O próprio termo Ciência Forense não é sinônimo de Criminalística em toda parte do mundo. Para Gialamas, Ciência