A historia do mensalão
O “mensalão” - já faz parte do vernáculo brasileiro - existe muito antes de Roberto Jefferson trazer a público essa palavra.
Hoje é sinônimo de corrupção, propina, maracutaia, ágio, pedágio, jabá, gorjeta, PF (por fora), cervejinha, leite das crianças, 10%, 20%, 50%, 100%, superfaturamento, lavagem de dinheiro, caixa dois, valerioduto, valores não contabilizados, e por aí continua os sinônimos.
Já existia na época de Jesus Cristo. Judas se vendeu por 30 mangos para trair o Mestre – o mesmo número cabalístico dos nossos parlamentares mensaleiros. De onde veio o dinheiro pago a Judas? Como nos dias atuais, judeus, cristãos e romanos até hoje não sabem de nada, nada viram nem ouviram sobre o que aconteceu de fato.
Na história moderna, políticos famosos foram derrubados por mensalões. O ex-Primeiro Ministro italiano Betinno Craxi foi acusado de enriquecimento ilícito através de verbas também ilícitas recebidas pelo seu Partido, condenado a 23 anos e seis meses de prisão.
Collor não soube explicar a origem de US$ 5 milhões, até se lembrar de que a montanha de dinheiro havia sido tomada em um empréstimo bancário, no Uruguai. Durante o governo collorido, o ex-ministro do Trabalho e Assistência Social, Antônio Rogério Magri, foi acusado de vender-se por 30 dinheiros, como Judas.
Anão rima com mensalão. Os “anões do Congresso” fizeram a festa com as tetas de Branca de Neve, ou seja, com o dinheiro público. Quando perguntado sobre a origem da vultosa quantia de dinheiro em sua conta, o deputado João Alves, disse que era um homem de muita sorte, por ter ganho 221 vezes na loteria.
Tempos atrás, três CPIs trataram de mensalões, mensalinhos, valerioduto, bingos, caixa dois e outras roubalheiras. O PFL (na época) e o PSDB – oposição - não entraram com pedido de impeachment do presidente Lula. Como diria o Senador Pedro Simon: “Sou obrigado a reconhecer que, com toda a corrupção que vejo de um tempo para cá, aquilo que encontramos no governo