a historia da homeopatia
INTRODUÇÃO
A medicina vem, gradativamente nesses últimos 300 anos vem despindo-se de sua roupagem tradicional e mitológica, revestindo-se de roupagens novas. No entanto, mais que a nova vestimenta, a medicina tem assumido radicais mudanças em suas bases naturalistas humanitárias e sagradas, mudando aquilo que deu aos médicos a respeitabilidade e honorabilidade pertinentes a sua ação por intensa e indevida impreguinaçao técnica e cientifica.
Esta mudança trouxe aos médicos e a medicina um enorme cabedal de conhecimentos científicos de biologia, matemática, anatomia, fisiologia, de conhecimentos de aplicações técnicas mas, ao mesmo tempo, despiu-os da filosofia e portanto, do critica do conhecimento, ensinou-lhes anatomia patológica, mas tirou-lhes o raciocínio e falseou-lhes a etiologia e a patogenesia das moléstias, levando-os a uma terapêutica ilógica, agressiva e quase sempre apenas sintomatológica ou mesmo ineficiente, quando não patogênica. E ainda, mais, desumanizando-os, distanciando os da alma dos seus pacientes e desmistificados seus laços sagrados, lançou-se médico e medicina na vala comum dos profissionais assalariados, técnicos dedicados oito horas por dia a manutenção dos status produção-consumo, impossibilitados do estudo, da critica, dedicação afetiva, da compreensão e acima de tudo do amor pelo seu paciente, por si mesmo ou pela sua arte, que deixa de ser arte para se travestir de sofisticada técnica. Acrescentou-se a técnica e esvaziou-se a essência.
Hahnemann, em meio a toda uma ebolição cientifico-tecnologica do inicio do século XIX, procura salvar a própria medicina, ressuscitando-a dos grandes filósofos humanistas e médicos do passado como Hipocrates, Paracelsus, Stahl e outros.
O médico de Hahnemann, como ele próprio, é aquele possuído de amplos conhecimentos humanísticos, técnico – profissionais e éticos, aliados a um caráter firme, a um perfeito desenvolvimento afetivo e a qualidades de saúde