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Pretendemos neste artigo introduzir o debate sobre a sexualidade numa visão , isto é,abordar a sexualidade para além das características sexuais, anatómicas e fisiológica de homens e mulheres, tomando em conta a educação sexual que homens e mulheres recebem no seu percurso biográfico.
Nesta perspectiva, não se pode falar de sexualidade sem fazer menção à forma como é construída e percebida a masculinidade e a feminilidade porque a sexualidade não significa apenas práticas relacionadas com a reprodução e a utilização do sexo, mas corresponde ao e resultados de modelos culturais que impõem um padrão normativo sujeito à vigilância social e sanções. Isto significa que a expressão de desejo, de prazer, de carinho e de todas as emoções inerentes à sexualidade é regulada e controlada pelas noções e percepções do que é ser homem e ser mulher apreendidas.
Desenvolvimento
A sexualidade e o comportamento sexual são, em todas as culturas, sujeitos aos papéis de género, à construção das identidades sociais e sexuais e, consequentemente, experimentados de forma diferente por homens e mulheres.
Homens e mulheres têm representações diferentes sobre a sexualidade: as mulheres são socialmente preparadas para viverem a vida sexual como uma experiência íntima e fortemente carregada de afectividade, que não inclui necessariamente a penetração, mas que pode englobar um vasto leque de actividades (como falar, tocar, acariciar e abraçar), enquanto os rapazes tendem a compartimentar a sexualidade, concebendo-a como um acto agressivo orientado para a penetração e para o orgasmo. A sexualidade é, portanto, para os homens, um instrumento de dominação.
Quando se fala de exercício da sexualidade está se falando de relações de poder em que certo comportamento sexual é reprovado ou estimulado em função do sexo. Costuma-se dizer “aquele tipo é vivido” para referir a um homem que tem muitas parceiras ou que muda de parceiras frequentemente mas,