A hipertensão arterial altera o cotidiano de atividades dos portadores
- Eu acredito que eu convivo bem, porque é saber que eu tenho que tomar os medicamentos de manhã, independente de ter afazeres (S1).
- Eu tomo os remédios. Até quinta feira eu mantenho. Procuro maneirar...tiro totalmente o sal da comida, mas sexta, sábado e domingo não. (S.3)
- “... mesmo sendo medicada, tomando remédio, qualquer nervosismo que dá a pressão dispara. (...) Eu fico muito preocupada, porque meu pai tinha pressão alta, minha mãe... minha irmã faleceu ... preocupada com meu marido, porque meu marido é infartado... Ele tem problema de saúde, eu tenho preocupação com ele, com a casa, com meus netos...” (S.4)
- “.Depois que eu fiquei viúvo a pressão começou a oscilar. Primeiro eu achei que era bebida, eu bebia muito. Aí dei um tempo na bebida...” (S.5)
- Quando tive que mudar de turno a pressão alterou... não dormia direito, não me alimentava na hora certa...foi assim que descontrolou a pressão. Senti que este ano está subindo mais a pressão. Minha pressão chega a 16 agora, ela não chegava não... já vi a minha pressão três vezes essa semana e estava 16 por 10...é uma preocupação né?!(S.6)
Ao analisar os depoimentos acima vemos que os usuários inscritos no Hiperdia conhecem os problemas que a hipertensão pode causar a saúde. Observa-se em suas falas o sentimento de preocupação com a regularidade do tratamento, com manter sob controle as emoções e com as conseqüências que uma pressão “descontrolada” pode acarretar. Para se analisar esses sentimentos, é necessário considerar as experiências de vida e subjetividades, conhecer suas crenças a fim de identificar fatores de riscos associados(Pires, 2008)
Observou-se que a partir da compreensão das limitações em manter os mesmos costumes anteriores ao diagnóstico de hipertensão, buscam a aquisição de novos hábitos, redescobrindo gradativamente, à medida que aceitam tais mudanças como diminuir ou parar com o consumo