A hidrovia do rio madeira
Brasil poderia ter 43.000km hidrovias
A malha hidroviária brasileira tem uma série de gargalos a enfrentar para tornar-se mais eficiente e saltar dos atuais 12 mil km de vias navegáveis para 43 mil, mas ainda assim é o modal de transporte mais barato e menos agressivo ao meio ambiente.
Essa é a conclusão de todos os representantes brasileiros que apresentaram palestras na quarta-feira (28/03) sobre navegação interior no País, durante o Seminário Internacional sobre Hidrovias, Brasil – Flandres/Bélgica.
O encontro em Brasília reúne especialistas em transporte hidroviário dos dois países e termina nesta quinta-feira com um encontro de negócios entre empresários do setor.
País das rodovias?
O Superintendente de Navegação Interior da ANTAQ, Alex Oliva abriu o ciclo de palestras da tarde de ontem ao mostrar as potencialidades e perspectivas da malha hidroviária brasileira para os convidados belgas.
Oliva questionou a afirmação de que o Brasil seria o país das rodovias. “Temos 1,7 milhão de quilômetros de estradas, mas apenas 10% desse total são pavimentados”.
Sobre o potencial das hidrovias, Alex Oliva disse aos belgas que, com mais investimentos, os trechos navegáveis podem quase dobrar de extensão.
“A hidrovia Branco Negro pode ganhar mais 750 km e a Guamá-Capim, mais 700 km. Sem falar na hidrovia Araguaia-Tocantins, que pode tornar-se a espinha dorsal norte-sul do Brasil”, disse Oliva, que ressaltou a importância de concluir as obras da eclusa de Tucuruí.
As eclusas estariam entre as obras de infra-estrutura mais necessárias para ampliar a extensão dos trechos navegáveis. Segundo o Superintendente de Navegação, o Brasil precisaria, no mínimo, do dobro das atuais 17 eclusas. “Mas eu já ficaria contente se as quatro em construção fossem concluídas”.
Desenvolvimento estratégico
O Gerente de Desenvolvimento e Regulação da Navegação Interior da