Hidrovias Brasil
Até um tempo atrás o uso das hidrovias brasileiras pela logística era considerada uma opção bem menos comercial e até exótica. Mas este quadro vem mudando em função do crescimento econômico e seu novo perfil de exigências no mundo globalizado. Parte em função de que as rodovias brasileiras têm condições de infra-estrutura instáveis, sempre com pavimentações deficientes com poucas exceções. Em outra parte os investimentos no transporte ferroviário são lentos. Na parte aérea existem altos custos. E mais: as matrizes das grandes corporações internacionais tem metas mais rigorosas na redução de emissão de carbono em suas operações.
A soma destes fatores favorece o transporte de cargas pelas hidrovias. Por isso está um momento de aumento de investimentos nesta opção, tornar mais eficiente seus processos gerenciais e um grande trabalho pela frente para colocar este setor em condições ideais de uso real. Atualmente o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes – tem 148 ações de intervenção de melhorias nas hidrovias, em um emprego de aproximadamente 2 bilhões de reais em recursos. Mas é preciso fazer mais para fazer pegar de fato esta atividade logística que tem emissão zero de carbono.
4.1 Hidrovia do Rio Madeira A hidrovia do Rio Madeira é localizada no corredor norte especializado no transporte de soja. Atualmente transporta cerca de 2 toneladas/ano. O rio tem este nome porque, no período de chuvas, seu nível sobe e inunda as margens levando troncos e restos de madeira das árvores. A extensão total aproximada é de 1450 quilômetros. Sua largura varia de 440 metros a 9.900 metros na foz, com profundidade também variável de acordo com as estações seca e chuvosa, chegando a mais de 13 metros, o que permite, no período de sua enchente, a navegação de navios, inclusive oceânicos, até Porto Velho. É nesse período de cheia que as águas do Madeira inundam as florestas adjacentes, alagando dezenas