a guerra
Para entendermos esta série de conflitos que se espalham por quase todo o planeta, é necessário que se faça a diferenciação entre Estado e Nação. Os Estado moderno é uma concepção política, que necessita de um espaço físico (território) e por isso tem necessariamente fronteiras. Para se organizar a vida e o poder dentro dessas fronteiras, tem-se um sistema de poder político (governo, constituição, leis, etc...). É o que chamamos normalmente de País. A Nação não necessita de um espaço nem de uma organização política. É formada por um grupo de pessoas que possuem um passado histórico comum. As pessoas unem-se pela semelhança cultural, social e religiosa. A tradição tem um peso grande para as Nações. A questão é que o processo de formação dos Estados contemporâneos se estende desde o final do feudalismo até a II Grande Guerra, às vezes gerados pela cristalização política de burguesias, às vezes por crises políticas e revoluções. Isso faz com que algumas coletividades nacionais sejam separadas por fronteiras criadas pelos Estados ou sejam unidas dentro de um mesmo Estado, passando a gerar conflitos separatistas no sentido de se aumentar a autonomia dessas minorias nacionais ou até de se tornarem independentes dos sistemas majoritários que os agregam. A seguir, a nível de esclarecimento, vamos destacar alguns desses conflitos:
1. O Movimento ULSTER
O conflito entre a minoria católica e a maioria protestante na Irlanda tem sua origem na formação histórica do Reuno Unido. Durante o século XII a ilha da Irlanda passa para o controle de Henrique II da Inglaterra. De tradição católica, a população da Irlanda sempre lutou contra os anglicanos ingleses. Em 1649, chega ao poder Oliver Cromwell, que baseia seu governo na expansão do protestantismo por todas as colônias inglesas. Em 1800, o Union Act vincula a Irlanda ao Reino Unido. Os católicos da Irlanda organizam-se e lutam pela independência da ilha e isso gera uma profunda crise política e