Uso sustentável de terras húmidas e águas subterrâneas na agricultura

Uso sustentável de terras húmidas e águas subterrâneas na agricultura: caso do distrito de Vilankulo

1. INTRODUÇÃO
A população Moçambicana é estimada em 18 milhões de habitantes. Desta, cerca de
80% vive nas zonas rurais e têm a agricultura como o principal meio de subsistência.
Em Moçambique, a produção agrária é exercida no geral, por dois sectores de produção: o sector familiar e o sector empresarial. O sector familiar é o que engloba a maior parte da população rural tendo também, uma contribuição maior na produção agrária nacional, (Kula, 2007).
As secas que ocorrem frequentemente nas regiões Centro e Sul de Moçambique, verificando-se também em alguns focos das províncias do Norte que resulta da escassez de chuvas tem causado diversas contrariedades para o país e em particular para o Distrito de Vilankulo tais como: Perda de culturas, redução de áreas de pastagem, aumento de preços de produtos agrícolas, subida de importações de alimentos, eclosão de doenças, perda de biodiversidade, (Idem).
Devido as contrariedades destacadas anteriormente, os agricultores são aconselhados a fazer o máximo aproveitamento das terras húmidas com capacidade de retenção da humidade, (Sitoe, 2005).
O presente trabalho pretende avaliar a sustentabilidade do uso dessas terras e das águas subterrâneas no distrito de Vilankulo e à luz dessa avaliação, discutir estratégias para melhor aproveitamento dos recursos disponíveis e uma prática agrícola sustentável. O facto do sector agrário em Moçambique, ser constituído essencialmente pelo sector familiar, o que contrasta com a estrutura dualista que apresentam outros países, cria algumas dificuldades, mas também, apresenta uma oportunidade de promover uma estratégia de crescimento a favor dos pobres, enfatizando a necessidade de transformação do sector familiar, (ASAM, 2009).

Autor: Chambala, Hólley Pedro

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