A guerra do fogo
Foi durante a Primeira Guerra Mundial, que iniciou na Rússia um movimento de caráter revolucionário. O imenso, atrasado e arcaico império russo não conseguiu suportar o peso de uma guerra externa e outra interna. Em 1917, uma oposição organizada e as constantes revoltas das camadas populares, provocaram na Rússia, a primeira revolução socialista da história contemporânea.
Esta Revolução foi a primeira vitória do socialismo revolucionário, ideologia teorizada e pregada por Karl Marx e Friedrich Engels. Á partir de então, os padrões da sociedade burguesa, capitalista e liberal estavam ameaçados.
No Tempo dos czares
No final do século XIX, a Rússia era o Estado mais extenso da Europa com, aproximadamente, 150 milhões de habitantes. Mas esse império abrigava povos e culturas diversas, com graves desequilíbrios sociais, econômicos e políticos. Um dos principais problemas era a concentração de terras nas mãos de poucos proprietários. O êxodo rural crescia, o número de proletários aumentava nas cidades provocando uma forte oposição ao regime czarista que privilegiava a nobreza agrária, alguns integrantes da alta burguesia, o clero e a cúpula do exército.
Uma reforma em 1861 libertou os servos e distribuiu terras, mas os resultados foram tímidos. Poucos camponeses receberam terras em quantidade suficiente. Apenas uma minoria de pequenos e médios proprietários, os kulaks, se beneficiaram. O restante da população do campo continuava formada por um miserável proletariado rural. O ambiente era adequado á difusão de idéias revolucionárias. O regime czarista governava o império com mão de ferro. Os opositores do regime eram perseguidos por um eficiente aparelho de repressão policial. Reprimia-me todo tipo de oposição. Havia um controle severo sobre o ensino secundário, as universidades, a imprensa em geral; Pessoas, aos milhares, eram enviadas para prisões e exílio na