A GUERRA DO FOGO
Depois de muito tempo parado, o bloguinho volta com uma resenha do filme "A guerra do fogo" (Quest for fire), de Annaud.
Trata-se de um filme que levanta muitas questões filosóficas sobre como eram e evoluíram nossos antepassados. "A guerra do fogo" também pode ser discutida sob diferentes aspectos do conhecimento como a antropologia, a sociologia, a psicologia. Aqui, no entanto, Frederico Prado, um aluno do curso de Linguística da Unicamp, faz uma análise com foco em algumas teorias sobre evolução da linguagem.
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1) Informações gerais
A Guerra do Fogo (fr: La Guerre du Feu) foi um filme dirigido por Jean-Jacques Annaud, em cartaz no ano de 1981. O filme tornou-se, nas décadas seguintes, uma espécie de produção emblemática sobre a humanidade primitiva, normalmente exibido em escolas nas aulas de ciências naturais ou história para dar uma representação visual das condições de existência do homem pré-histórico. Além disso, obteve grande sucesso comercial e razoável sucesso de crítica.
O filme narra, ao longo de uma hora e quarenta minutos, a história de três integrantes de uma tribo de Homo neanderthalensis, que têm para si designada a tarefa de buscar fogo após a última chama conservada por sua tribo ter se apagado num incidente. Os três Neanderthais saem então em busca do fogo ao longo do território que corresponde hoje ao continente europeu. No percurso, passam por situações envolvendo a fauna selvagem e tribos hostis, além de interagirem com outras espécies do gênero Homo, em especial uma tribo de Homo sapiens, da qual uma integrante se assimila ao grupo de Neanderthais.
Estão presentes no filme três grupos identificáveis: i) duas tribos de Neanderthais ii) uma tribo de Homo erectus iii) uma tribo de Homo sapiens. No primeiro grupo, as duas tribos são apresentadas de forma semelhante: utilizam vestimentas rudimentares,