GUERRA DO FOGO A vida na longínqua pré-história é o tema abordado no filme “ Guerra do Fogo”. O longa narra a luta pela sobrevivência, as precárias condições de existência e as constantes disputas pela conquista e manutenção do fogo, empreendidas por três tribos pré-históricas. O filme começa mostrando as difíceis condições materiais de existência dos bandos pré-históricos: habitação nas cavernas, ataques de tribos rivais e de animais ferozes, frio e fome, além da total submissão de alguns deles às forças da natureza. Nesse ambiente caótico e selvagem, fazia-se necessário a ajuda e solidariedade mutuas; mais que isso, era preciso guardar e proteger com todas as forças que dispunham a mágica e “sagrada” tocha que aliviava o frio e eliminavas as trevas das noites sombrias no interior das gélidas cavernas: o fogo. As diversas formas de violência que aparecem na historia retratada é reflexo direto do ambiente selvagem e primitivo que marcava a vida dos nossos primeiros ancestrais. Ali, o bem e o mal não figuravam na consciência desses homens, pois a única lei que imperava era a da sobrevivência. È perfeitamente perceptível as diferenças nos aspectos físicos, culturais e sociais nos três grupos que protagonizam a trama. Fisicamente, o primeiro grupo apresenta uma estatura mediana, andam meio encurvados, habitam cavernas, cobrem-se com peles de animais, usam uma linguagem rudimentar e não dominam ainda o processo de combustão. Possuem uma certa organização social e parece desconhecer a agricultura, a domesticação de animais, a fabricação de artefatos e o sedentarismo. Já o segundo grupo transmite a impressão de ser ainda mais selvagem. São altos, fortes, peludos, agressivos e praticam o canibalismo. Ainda vivem de forma nômade e praticam a guerra de forma primitiva com o uso de paus, pedras e ossos. Não se pode perceber nesse grupo sinais mais complexos de organização social. A comunicação entre eles se processa por meio de urros e