A Guerra do Fogo
Lançado em 1981, com a direção de Jean-Jacques Annaud e a colaboração Anthony Burgess e Desmond Morris, La Guerre de Fue consiste em uma imensa contribuição para o estudo e o entendimento de uma época ainda desconhecida e pouco explorada: a pré-história. No decorrer do filme, nota-se a existência de grupos de hominídeos, com características distintas uns dos outros, o que torna possível entender as diferentes relações de tais grupos com o elemento fogo. Assim, podem-se delimitar quatro grupos específicos. O primeiro grupo pode ser considerado o mais primitivo, ou menos evoluído, dos grupos. Com sua aparência semelhante a primatas (postura levemente curva e muitos pelos pelo corpo), não dispunham de vestimenta ou de qualquer aperfeiçoamento tecnológico, utilizando-se, por isso, de troncos, ossos e pedras como instrumentos de defesa. Seu relacionamento com o fogo é de desconhecimento, tendo acesso, então, apenas através de disputas com outros grupos que o possuíssem. Quanto à linguagem, apresentam nada mais do que grunhidos como possível forma de comunicação. Seguindo uma escala de desenvolvimento corporal e de habilidades, nota-se um segundo grupo já dispondo de peças de vestuário compostas por peles de animais e vivendo em cavernas. Apesar de uma linguagem ainda pouco desenvolvida, também baseada em grunhidos e expressão corporal, já se organizavam com a existência de uma espécie de liderança dentro do grupo. Sua alimentação consistia em insetos, animais e folhas e a tecnologia de que se utilizavam compreendia o uso de madeira, ossos e artefatos de pedra lascada, utilizados para a defesa contra animais e outro grupos. Entre esse grupo, o fogo é cultuado como um elemento sobrenatural e apenas adquirido por meio de disputas com outros grupos: sabem conservá-lo, não produzi-lo. No que diz