A guerra do fogo
Reflexão Epistemológica
O filme nos remete visivelmente a situação de que a construção social do indivíduo se dá pelo processo de interação humana através do convívio grupal. As experiências vivenciadas no grupo possibilitam a construção de suas crenças e valores. O primeiro grupo, a tribo Ulam, tinha o fogo como um fenômeno sobrenatural, elemento divino e tenebroso, pois não tinham noção de como fazê-lo. O segundo grupo, a tribo Ivakas, dominava a tecnologia do fogo. A linguagem na tribo Ulam baseava simplesmente em gritos e grunhidos, se assemelhando a animais irracionais. A tribo Ivakas tinha uma comunicação mais completa, os sons eram mais articulados, a linguagem oral mais desenvolvida, além de outros elementos culturais como habitação e ritos. Quando esses dois grupos entram em contato há mudanças significativas no sistema de crenças e valores do primeiro grupo, implicando nas atitudes dos indivíduos através do desenvolvimento de novas formas de linguagem (sorriso), novas formas de expressão corporal (pinturas), no uso de novas ferramentas de defesa e utilitárias, além de um modo diferente de reprodução. A interação social ocorrida modificou o comportamento dos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação. Ela é uma necessidade do ser humano, processo dinâmico e contínuo. Através dos fatos ocorridos no filme se confirma que o homem não é um ser individual e sim, parte integrante de uma comunidade ou grupo. As descobertas feitas por um grupo, quando comunicadas a outro, tornam-se estímulo e ponto de partida para o desenvolvimento e aperfeiçoamento, portanto o convívio social é decisivo para o desenvolvimento da