A geografia teoretica quantitativa
GEOSSISTEMAS: POR UMA GEOGRAFIA FÍSICA INTEGRADORA
Núbia Beray Armond
Licencianda em Geografia
FFP/UERJ
nubiaarmond@hotmail.com
Anice Esteves Afonso
Doutoranda em Geografia IGEO/UFRJ
Docente do Departamento de Geografia FFP/UERJ aniceuerj@gmail.com Introdução
Num período em que a ciência questiona seu estatuto epistemológico moderno, uma das questões que se coloca enquanto fruto desse movimento é um resgate da história da ciência – no presente caso, um resgate da história da Geografia (Física).
Durante muito tempo vista enquanto um subcampo estéril, a Geografia Física se mostra efervescente e frutífera quanto a alguns debates epistemológicos.
Partindo de uma das dimensões do espaço geográfico – a natureza –, uma
Geografia Física “integradora” tem sido tendência vista com relativa repercussão na
Geografia, principalmente a partir da apropriação da chamada “questão ambiental”. No entanto, essas propostas teóricas podem ter sua origem em períodos anteriores, sofrendo transformações de acordo com as tendências metodológicas hegemônicas no campo científico a cada momento histórico. É o caso da contribuição da abordagem sistêmica, evidenciada a partir da “Geografia Teorético-Quantitativa”.
Enquanto a chamada Geografia Clássica (ou Tradicional), principalmente aquela filiada aos estudos franceses, tinha como marca a utilização da região enquanto recurso analítico para o estudo do meio geográfico, nos anos 70 é o espaço o eleito como a principal categoria da Geografia, presente nas perspectivas de
Lacoste, na “New Geography” e na Geografia Ativa. Isso não quer dizer que o espaço não estivesse presente nas reflexões dos geógrafos clássicos. Ratzel, que tem influência fundamental nos estudos da Geografia francesa (MAMIGONIAN, 2003), tinha o espaço implícito em suas discussões, compreendendo-o enquanto base indispensável para a vida do homem (CORREA, 2007).
Entre 1950 e 1970, ao mesmo tempo em