A geografia serve para desvendar mascaras sociais
Rafael Straforini
Diante da globalização e dos acontecimentos que permeiam o mundo, o estudo de Geografia vem sendo chamada para explicar tais fenômenos. Em contrapartida o que se vê é um desinteresse pela disciplina nas escolas. Podemos encontrar varias respostas, como a desvalorização da carreira do magistério, as mudanças da própria Geografia durante os anos e a não assimilação da criticidade do próprio professor, além da própria crise educacional brasileira, porém é bom entender todo o processo de desenvolvimento da disciplina e o seu ensino na escola . O ensino de Geografia durante muito tempo caracterizou-se por ser um ensino tradicional transmitindo uma Geografia tradicional, ambos fundamentados no método positivista. A escola tradicional é o local de transmissão de conhecimento, sem nenhum teor crítico-reflexivo. E a Geografia tradicional é fragmentada e estática, cheia de classificações, fala da população sem compreender sociedade. O positivismo foi um instrumento metodológico perfeito para o processo de industrialização almejado pela burguesia. E o conhecimento geográfico foi de extrema importância para o desenvolvimento capitalista utilizando estudos para o avanço no processo produtivo. Assim a Geografia positivista trouxe vários avanços em termos de disciplina e enciclopedismos, mas ainda sem uma visão contextualizada, que de certa forma se encaixava perfeitamente coma educação tradicional utilizada nas escolas naquele momento que era excelente para as elites brasileiras e o Estado consciente disso, tentou acabar com a Geografia, criando a disciplina de Estudos Sociais, entendendo que a Geografia tinha uma função ideológica. A necessidade de mudança foi natural diante de tantas modificações mundiais e o referencial positivista foi superado pelo próprio mundo mundializado. Nos anos 70 já era nítido as mudanças e avanços e a própria