A geografia escolar
“(...) para refletir, de forma clara e profunda, o que o ensino da Geografia vem fomentando para a formação de sujeitos que reconheçam a dimensão social de sua participação na apropriação do espaço, pois entendemos que o trabalho com essa disciplina pressupõe um projeto de alfabetização espacial que considera a dimensão social, técnica e política para a desconstrução da idéia de encarar a sociedade como mera mercadoria.” (p. 11)
“Falar da questão didático-pedagógica da geografia escolar nos remete a uma reflexão em torno das sérias críticas por qual passa seu ensino, como, aliás, acontece com o ensino em geral. Deve-se a isto à tradicional postura da geografia e do professor, que consideram como importante, no processo educativo: os dados, as informações, o elenco de curiosidades, os conhecimentos gerais, as localizações, enfim, o conteúdo acessório.” (p. 11)
“Mesmo após o Movimento de Renovação denominado “Geografia Crítica”, na década de 70-80, nota-se que pouco foi modificado no tratamento didático-pedagógico da Geografia na sala de aula o qual poderia contribuir para que os sujeitos envolvidos se reconhecessem como sujeitos do mundo em que vivem, indivíduos sociais, capazes de construir a sua história, a sua sociedade, o seu espaço e que conseguissem ter os mecanismos e os instrumentos para tanto.” (p. 12)
“(...) essa questão pode ser colocada num plano anterior decorrente de uma escola estruturada a partir de uma divisão intelectual e técnica do trabalho em que se urgia um “adestramento docente” para que o professor exercesse apenas a função de executor de planos(...). Dessa forma, os impedindo de pensar sobre a função social do ensino da Geografia no contexto da vivência da sala de aula, da hierarquia da instituição escolar e da sociedade.” (p.