Geografia escolar e cotidiano
O ensino de Geografia, muitas vezes, apresenta-se maçante, fragmentado, enciclopédico e omisso quanto a incentivar o aluno a elaborar concepções de mundo que se relacionem com suas realidades vividas, denotando uma pedagogia que não privilegia a constituição do sujeito capaz de construir conhecimentos. Deixam de ser contemplados o interesse dos alunos, o seu cotidiano, as suas experiências e os seus conhecimentos. As aulas se tornam mecânicas, há uma inércia que parece atingir os alunos e os professores. Como então fazê-los perceber o significado do conhecimento geográfico e como pensá-la enquanto possibilidade da formação cidadã?
O trabalho proposto nesta unidade: A Geografia Escolar e Cotidiano, nos fez ver uma nova forma de interação da geografia escolar com o contexto social, político, econômico, científico e histórico, e refletir sobre os mesmos através das discussões realizadas em sala de aula enfatizando os temas: violência, sexualidade e mídia. Entendendo que, dessa forma poderemos, enquanto professores, incentivar os alunos a autonomamente, propor, praticar e transformar a sociedade em que vivem, pois, estudar e aprender as temáticas geográficas distantes do universo do aluno pouco contribui para a formação do cidadão. Ao desconsiderarmos as necessidades e interesses dificultamos as aprendizagens e apropriação dos conhecimentos construídos no cotidiano.
Nos debates ocorridos em nossa sala de aula, divido em três etapas, tivemos como primeiro tema a violência ( quarta-feira 05/11/08), a discussão foi bastante abrangente e contaram com a participação da maioria dos alunos, todos trouxeram contribuições cotidianas para enriquecer o debate. O grande questionamento levantado nesse tema foi Se a violência é urbana, pode-se concluir que uma de suas causas é o próprio espaço urbano? Os especialistas pesquisados sobre a questão afirmam que sim: nas periferias das cidades, sejam grandes, médias ou pequenas, nas quais a presença