a genese geoeconomica do territorio brasileiro
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O pau-brasil e as feitorias do litoral brasileiro As terras encontradas pelos navegadores portugueses já eram habitadas há milhares de anos por centenas de povos indígenas, com culturas bastante distintas entre si. Muitos desses povos foram subjugados pelos portugueses para o trabalho escravo; os que resistiam à escravidão eram mortos ou fugiam para áreas interioranas. Calcula-se que na época da ocupação, entre três e cinco milhões de indígenas habitavam as terras hoje correspondentes ao território brasileiro . Desde então a população indígena sofreu uma redução drástica: atualmente seus descentes somam 350 mil pessoas em todo o país, número que reflete o amplo processo de dizimação a que foram submetidos esses povos ao longo do tempo. Durante o século XVI, a ocupação ocorreu apenas nos pontos onde foram instaladas as chamadas feitorias(locais litorâneos onde eram armazenadas as mercadorias extraídas da floresta), em geral estabelecidas em enseadas e baías de fácil acesso aos navios, de onde os produtos eram embarcados para a metrópole. Em torno das benfeitorias, os portugueses passaram a explorar especiarias e o pau-brasil. Essa madeira, abundante e de grande valor comercial na época, era extraída da floresta tropical ali existente, a Mata Atlântica.
A cana-de-açúcar e a mão de obra africana Um povoamento mais significativo das terras portuguesas na América do Sul ocorreria somente a partir da segunda metade do século XVI, com a introdução das lavouras de cana-de-açúcar, desenvolvidas de acordo com o sistema de plantation , e dos engenhos para a fabricação de rapadura. Essa atividade econômica oi inicialmente desenvolvida no litoral paulista e depois, com maior sucesso, na costa nordestina, onde predomina o solo de massapê. Nesse período, a necessidade de novas áreas para a expansão canavieira e a demanda dos engenhos por lenha (para ser usada como combustível) inicio ao processo de desflorestamento da Mata Atlântica. Na mesma época a