A fun o da arte Ernst Fischer 1111
No início do texto, Ernst Fischer expõe primeiramente a visão de Jean Cocteau, na qual afirma que a arte é um suprimento das questões deficientes inseridas na realidade atual e que se a vida adquirir mais equilíbrio a arte por consequência desaparecerá, como se a mesma perdesse sua função. Ernst Fischer contrapõe essa ideia indicando que nem as mais as desenvolvidas sociedades tem previsão do equilíbrio entre o homem e o meio que o circunda, portanto a arte será sempre necessária. Relacionando com este ponto de partida surgem os questionamentos, sendo a arte apenas uma substituta, ou com o papel necessário de um equilíbrio entre o homem e a vida, ou para cobrir vazios e até mesmo uma válvula de escape para questionamentos do seu tempo. Notei que ao colocar a arte numa condição na qual ela possui apenas uma função, como se refere Jean Cocteau, é limitá-la drasticamente.
O literato questiona o porquê nós buscamos a arte, seja na música, na literatura, no cinema, no teatro, na pintura. Porque nós nos identificamos tanto com algo que não faz parte de nossa vida particular? Porque olhar a obra do outro nos traz uma sensação de realidade intensificada, como se fosse uma extensão do que vivemos? De acordo com Fischer, o homem não está satisfeito com ser apenas ele mesmo, ele precisa fazer parte de cada aspecto do mundo circundante, buscando uma totalidade, algo exterior a ele.
Esta busca por desenvolvimento e completude revela que o homem é mais que um indivíduo, sentindo que só pode ser pleno se dominar as experiências alheias que lhe afetam e que poderiam ser dele mesmo, “A arte é um meio indispensável para essa união do indivíduo com o todo; reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e ideias.” Entendo que o homem ao se deparar com obras artísticas reconhece em si suas frustrações, alegrias, questionamentos, e uma série de outras emoções, além de muitas vezes ver