A Frota Templaria - Perdida?
Algumas de suas possíveis implicações na história universal
Francisco de Assis de Gois
Após a fatídica sexta feira, na alvorada de 13 de outubro de 1307, quando foi cumprida a ordem do rei Felipe, os Templarios desbaratados se dispersaram por toda a Europa e, com a cabeça a premio, caíram na clandestinidade. No entanto, aqueles valorosos cavaleiros refugiados continuavam enormemente respeitados pelos homens de armas europeus, sendo acolhidos em muitos países como heróis. Alguns se uniram aos Cavaleiros Teutônicos e combateram os mongóis e tártaros na Europa Oriental, outros lutaram na Hungria contra a expansão turca, parte foi para a Escócia, outros para Portugal.
Possuidores de uma fantástica rede marítima, os Templarios podem ter herdado mapas e segredos dos fenícios. No seu livro O Templo e a Loja, Baigent e Leigh observam que eles tinha uma imensa frota a sua disposição com base em portos da França Mediterrânea, Itália, no norte da França, nas Flandres e em Portugal.
Esta frota era equipada para operar no Mediterrâneo fornecendo homens e equipamentos à Terra Santa e importando mercadorias do Oriente Médio para a Europa. Navegava também no Atlântico movimentando um intenso comercio com as Ilhas Britânicas e, provavelmente com a Liga Hanseática Báltica. Os preceptórios templários na Europa, principalmente na Inglaterra e Irlanda localizavam-se, na sua maioria, na costa ou próximo a rios navegáveis. Seu principal porto no Atlantico era La Rochelle, que tinha boas comunicações terrestres com os portos do Mediterrâneo permitindo que mercadorias vindas por navios da Bretanha até La Rochelle fossem enviadas por terra a um desses portos e novamente embarcadas em navios para a Terra Santa, evitando assim a arriscada passagem pelo Estreito de Gibraltar, normalmente controlado pelos sarracenos.
No dia do ataque ordenado por Felipe - o Belo, a frota templária, de alguma forma, foi avisada e fez-se ao mar escapando na sua totalidade da