A formação dos ventos
O estudo das circulações atmosféricas é feito através do uso das “leis” da termodinâmica e da mecânica clássica desenvolvidas desde a época de Newton (século XVII). Entretanto a aplicação dessas leis não é tão simples como no caso do estudo do movimento de pontos ou corpos sólidos. Afinal, a atmosfera é um gás e não um ponto material, podendo sofrer variações de massa e de volume.
As escalas de movimento atmosférico
Na atmosfera encontramos diversos tipos de aerossóis e gases que absorvem e emitem radiação em diferentes formas. A absorção ou emissão de radiação é também diferente para as diferentes superfícies da Terra (solo nu, oceanos ou vegetação) ou posição geográfica e época do ano. O vapor d’água, com suas mudanças de fase e conseqüente liberação de calor latente, faz com que se tenham fontes e sorvedouros de energia que precisam ser considerados quando se estuda os movimentos do ar.
Percebe-se então que o problema da circulação atmosférica envolve muitos fatores, que nem sempre são simples de serem trabalhados. Como forma de simplificar essa quantidade enorme de fatores no estudo das circulações atmosféricas, costuma-se categorizar os diversos sistemas de circulação de acordo com o seu “tamanho”. Na atmosfera podemos praticamente encontrar circulações de qualquer tamanho, desde o microscópio movimento molecular até oscilações com escalas da ordem do perímetro da Terra. Todos esses diferentes tamanhos, ou escalas de movimento, são interdependentes. Assim, por exemplo, a turbulência produzida por uma montanha pode não ocorrer, a menos que exista um vento produzido por uma circulação maior que a própria montanha
O ar em movimento
A primeira causa para os movimentos do ar (vento) é praticamente a energia solar, num processo de conversão de energia térmica em energia cinética. Inclusive, muitas vezes a atmosfera é estudada como sendo uma “máquina térmica”, como uma caldeira, que transforma energia em trabalho. Na verdade, o