A formação dos estudos culturais
Os Estudos Culturais começaram como um empreendimento marginal, desconectado das disciplinas e das universidades, a partir de uma necessidade de estabelecer uma educação democrática para aqueles que tinham sido privados dessa oportunidade, ou seja, os adultos da classe trabalhadora.
Raymond Williams viu uma grande oportunidade para transformar a cultura de minoria em uma cultura comum, em outras palavras, tinha o objetivo de resgatar os da "cultura de baixo" e os nivelar com os da alta cultura na produção de sentidos e de valores formados na comunidade e que pudesse ser vivido por todos.
Armações Teóricas
Para estabelecer seu pensamento, william usou como base as teorias de Marx e Engels, entre as quais, a "metáfora da base e da superestrutura" teve grande importância, porque explica o funcionamento da sociedade e justifica uma materialização da cultura. Nesse mesmo objetivo, foi criada a WEA(Worker’ Educational Association). uma organização de esquerda para a educação de trabalhadores, fundada por Hoggart, Tomppson e Williams, onde foram professores, e permitiu que o ensino fosse repensado, por quanto, era ministrado a trabalhadores e não a membros da elite.
Com a guerra fria a WEA foi perdendo significação política e seus professores foram absorvidos por universidades. Williams torna-se professor em Cambridge e um pensador original das questões culturais. Thompson professor de Birmingham, e fundou o Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, que dirigiu até 1968, quando tornou-se assessor da UNESCO passando a direção a Stuart Hall.
A partir de Birmingham, e de alunos ali formados por esses primeiros professores, a disciplina foi sendo instituída em diversas universidades do mundo.
O economista Ernest Mandel utiliza a expressão “Industrialização Universal Generalizada” para definir a mecanização que antes determinavam apenas a esfera da produção de mercadorias nas fábricas, e agora penetram em todos os setores, como na agricultura ou