A formação do professor.
Quando se fala em educação no Brasil, a função e a formação acadêmica do docente acompanha mais ou menos o processo de modernização da sociedade, o Estado assume a responsabilidade do ensino público por razões óbvias. A escola, o aluno e o professor não foram entendidos sempre da mesma forma, na própria história da educação, nós temos processos completamente diferentes, totalmente difusos um dos outros e não seguem uma lógica.
No caso específico dos professores da educação básica, na época em que chamava de primeiro grau, esse professor era tratado como algo menor no ensino, e eram abordados dessa maneira não apenas por causa da questão salarial, mas também pela formação desse profissional. Havia uma clara distinção daquele professor que devia atuar no ensino universitário, no ensino médio, da 5ª a 8ª série e por fim o professor da educação básica. Este último era tratado como algo menor, ele não precisava ter uma boa formação para atuar e obviamente isso refletia no salário. A baixa formação profissional refletia também na qualidade desse profissional. O docente para se tornar um bom profissional devia ter iniciativa própria, estudar mais, ler, fazer novos cursos, porque a lei não exigia isso dele. Logo o profissional que não buscasse uma formação contínua, era considerado um profissional de qualidade duvidosa, e o ensino mais duvidoso ainda.
Quando se chega à década de 80, se inverte a situação, esse profissional não poderá mais, ser tratado de uma forma qualquer nem ser um mero complemento de todo o processo. Com isso acontecem algumas discussões bastante sérias, a primeira começa na década de 80, e só se concretiza em 1996 com a LDB, esse professor deverá ser também um educador, além de passar a informação, ele precisa capturar como essas informações foram passadas e realimentar todo o sistema. Assim sendo, quem vai atuar em sala de aula não pode ser um sujeito qualquer esse profissional não poderá ser apenas um regente, ele