A formação das nações latino-americanas
Richard F.
A formação das nações Latino-americanas – Maria Ligia Prado
Capítulo 1 - O sistema colonial que a independência veio destruir
O sistema colonial tinha como figura central o rei, como autoridade máxima auxiliado pelo conselho das índias e pela casa de contratacion. O poder se manifestava nas colônias através de quatro vice-reis, dos governadores, dos corregedores, nomeados pelo rei e fiscalizados pelo conselho das índias. As questões jurídicas estavam subordinadas a real audiência e nos cabildos concentravam as forças político-municipais.
As estruturas eram fortes e hierarquizadas. A partir de 1782 houve uma modernização nessa estrutura onde, foram criadas as intendências que tinham por finalidade restringir as liberdades municipais, centralizar o poder e controlar o recolhimento de impostos.
No período colonial, duas outras instituições se destacavam por seus privilégios: o exército e a igreja. Os militares com foro particular e a igreja com arrecadações exorbitantes de capitais o que lhes conferia o poder de empréstimo aos proprietários rurais, pequenos comerciantes e manufatureiros. A coroa durante todo o período colonial se colocava como protetora dos índios, no entanto, viviam em condições miseráveis. Eram isentos de pagar o dízimo da igreja, mas tinham que pagar as castas – um tributo individual, ao rei.
As vésperas da independência, a escravidão negra era praticamente inexistente ou pouco importante na maior parte das colônias espanholas.
O processo de independência política se deu através de ideias liberais burguesas. Todos os esforços se concentravam para acabar com o domínio da Espanha.
Como primeira função após a independência, o Estado começou a se organizar para destruir a velha ordem colonial, tendo em vista o interesse de Crioulos dominantes. Outra questão imediata foi a exclusão de foros especiais do exército e da igreja; aboliu-se o tributo indígena, a escravidão negra foi abolida nos