Resenha da obra formação das nações latino-americas
Pâmela da Silva Monte Rodrigues*
Rogério da Silva Soares*
Zanúbia da Silva Bastos*
A presente obra propõe-se a dialogar com a formação das nações latino-americanas, buscando romper paradigmas históricos sacralizados, que insistem em homogeneizar a pluralidade de peculiaridades de cada processo emancipatório (e de formação das nações) na América Latina, rompendo assim, com uma historiografia tradicional que unifica uma heterogeneidade de sujeitos sociais classificando-os de maneira superficial e por vezes equivocada. Assim, o tratamento que se tem dado a história geral dos países da América Latina, nos revela duas posições problemáticas. A primeira é a de se assumir como já fora citado uma perspectiva homogênea, que engloba todos os casos de países latino-americanos numa única e coerente interpretação. A segunda, ainda pior, é a simples enumeração dos casos já que se considera incorreto ou inadequado o víeis globalizante. Na visão da autora, os estudos desses casos além de serem mais cansativos perdem marcos históricos importantes que nos dão suporte a uma análise mais ampla da América Latina. Desse modo, ela busca fugir dos dois víeis acima mencionados, estudando a constituição dos Estados Nacionais na América Latina de forma comparativa, insistindo nas especificidades das contradições nacionais sem, contudo, abandonar as balizas históricas mais gerais centrando-se entre as décadas de 1820 e 1850, mesmo voltando a épocas anteriores à independência e o avanço para além da metade do séc. XIX. O debate proposto pela autora é extremamente salutar, visto que principalmente nós brasileiros temos uma frenética tendência - pelo fato de também termos sido colônia, de pensar que passamos por processos históricos idênticos. Ainda que tenhamos passado por processos semelhantes, não podemos nos restringir a uma simplificação da nossa história. 0,8 Assim,