A folosofia e a prática docente
A Filosofia antepõe-se ao mito, buscando compreender a realidade através de uma analise baseada na razão. A atitude de filosofar surge primeiramente, a partir de nossa inquietação, da contestação, que desperta em nós o desejo de observar e conhecer. Em segundo, através da perplexidade, que nos dá a capacidade de problematizar, compreender e construir. Em terceiro, a Filosofia surge a partir do espírito de questionar o ser que somos, os acontecimentos, o mundo em que vivemos. Isso caracteriza a Filosofia não como detentora da verdade, mas como uma busca humilde, constante e dinâmica da essência da vida.
A Filosofia é uma das dimensões fundamentais do próprio ser humano: pois foi a partir da inquietação, da perplexidade, que se começou a filosofar. Avançando pouco a pouco, conseguiu-se chegar à solução dos problemas e das questões.
A Filosofia surge com a necessidade de se pensar, tornando-se objeto de reflexão (reflecte, em latim, significa fazer retroceder, voltar atrás), retornando o pensamento, pensar o já pensado, e colocar em questão o que se conhece. Portanto, a Filosofia parte do que existe, critica, questiona e descobre possibilidades, levando-nos a conhecer outros mundos e outros modos de compreender e interpretar a vida.
Há uma questão que muita gente formula de imediato quando ouve falar de filosofia: qual a utilidade da filosofia? A menos que suponhamos que a riqueza material seja a única coisa de valor, a incapacidade da filosofia de promover esse tipo de riqueza não implica que não haja sentido prático em filosofar. Não esgotamos, porém, tudo o que pode ser dito em favor da filosofia.
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