A filosofia

São Paulo, 14 de Fevereiro de 2013

Nome: Dayane Aparecida Mariano da Silva
R.A: 6232160
Profº Gilmara Roble

O Método

Nada mais distante de nossa concepção do método do que aquela visão composta por um conjunto de receitas eficazes para chegar a um resultado previsto.
É possivel que, em certas situações, não veja necessário ultrapassar a execução de um programa, cujo êxito não poderá estar insento de um relativo condicionamento do contexto em que se desenvolve.
É certo também que alguns dicionários especializados remetem a idéia de método á filosofia de Descartes, que, ao longo de toda a sua obra, enfatiza a necessidade de proceder, em qualquer pesquisa ou estudo, a partir de certezas estabelecidas de maneira ordenada e nunca pelo acaso.
Entretanto, se temos certeza de que a realidade muda e se transforma, então uma concepção do método como programa é mais do que insuficiente, porque, diante de situações mutáveis e incertas, os programas de pouco servem e em contrapartida, faz - se necessária a presença de um sujeito pensante e estrategista.
O método como atividade pensante do sujeito vivente, não-abstrato. Um sujeito capaz de aprender, inventar e criar "em" e "durante" o seu caminho.
Pensar uma obra como ensaio e caminho é empreender uma travessia que se desdobra em meio á tensão entre a fixação e a vertigem.
Após as experiências realizadas pelas ciências e pela filosofia no século XX, ninguém pode basear um projeto de aprendizagem e conhecimento num saber definitivamente verificado e edificado sobre a certeza.
Assumir essas experiências exige a construção de um processo de aprendizagem e conhecimento construido sobre um solo frágil, caracterizado pela ausência de fundamento.
Por essa razão, o método não precede a experiência, o método emerge durante a experiência e se apresenta ao final, talvez para uma nova viagem.
Para Baudelaire, o problema do método consistia em sua possivel aptidão para capturar o efêmero, o contingente, a novidade, a