A Filosofia na Cidade - Convicção, Tolerância e Diálogo - Haverá Forma de Resolver os Conflitos Político-Sociais Atuais?
Desde pequena me pergunto porque motivo existem tantos conflitos no mundo. Porque motivo se cansam as pessoas a discutir em vez de gozar a vida em paz e em alegria.
Por estes motivos, decidi, no âmbito da disciplina de filosofia, tentar encontrar algumas explicações para as perguntas que há tanto tempo não me deixam descansar.
Este trabalho consiste numa relexão, ainda que simples e ligeiramente superficial, sobre as causas dos conflitos politico-sociais atuais e se haverá, de facto, alguma forma de os resolver.
Estou longe de ter soluções aplicáveis, estou longe de conseguir resolver os conflitos que dominam a atualidade. Mas, ingenuamente, acredito que não custa tentar. Como Gandhi disse uma vez:
“Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.”[1]
Quais as causas dos conflitos político-sociais atuais?
Conflitos religiosos
Certamente existe uma grande quantidade de religiões, cada uma com os seus ensinamentos, mas, se as analisarmos bem, todas elas têm uma finalidade comum: o melhoramento do indivíduo, baseando-se em princípios de paz, amor, tolerância e respeito. É, por isso, curioso o modo como a religião é responsável por tantos conflitos ao longo da História da Humanidade.
Nos tempos mais remotos, na altura do Império Romano, existia uma feroz perseguição aos Cristãos, que tinha como objetivo eliminar essa nova religião emergente que punha em causa toda a estrutura em que se baseava esse vasto império.
Mais tarde, por volta dos séculos X a XII, deram-se as Cruzadas Cristãs, que visavam a ocupação dos territórios Muçulmanos, em nome de Cristo e, geralmente, recorrendo às armas.
Há cerca de quinhentos anos, vigorava por toda a Europa a Santa Inquisição, cuja função consistia em defender a fé cristã, mesmo que isso significasse a morte e tortura de pessoas cujo único “pecado” era a defesa de uma tese diferente daquela que era aceite pela Igreja Católica. Obviamente, isso levou à morte de muitos inocentes e ao retardamento do progresso da