A Filosofia na Antiguidade
A reflexão filosófica, como qualquer atividade humana, exige condições propícias ao seu aparecimento e desenvolvimento. Estas incluem, necessariamente, uma atitude de diálogo e abertura à crítica. Mesmo assim, a Filosofia não se impôs senão à custa de alguns homens que não se deixaram vencer pelas ideias feitas e pelo poder instituído.
É num período de prosperidade econômica, e com uma sociedade de cidadãos libertos das atividades produtivas (os cidadãos livres em Atenas) que os homens se libertam de alguns medos e explicações sobrenaturais (o mito), olhando para a natureza e procurando uma explicação racional que desse um sentido ao mundo.
Alguns desses primeiros filósofos (pré-socráticos) recorrem ainda a outras ciências tais como a matemática e a música (Escola de Pitágoras), numa tentativa de aprofundamento da racionalização do real. Após este período de preocupações com os fenômenos que os rodeiam e os conhecimentos científicos da época que procuram sistematizar esses fenômenos, a Filosofia passa a refletir sobre temáticas antropológicas e metafísicas. Aqui podemos incluir as questões relacionadas com a verdade e a opinião (Parmênides) , com a definição de conceitos (Sócrates e Platão) e a sistematização lógica do saber (Aristóteles).
Depois da abertura do pensamento aristotélico às diferentes vias da reflexão filosófica (ontologia, ética, estética, lógica, retórica) e na seqüência da desagregação da Grécia clássica, com o fim de Alexandre, a Filosofia vai dedicar-se a problemas de orientação existencial, centrando-se sobre questões éticas e sobre o bem viver (Epicurismo e Estoicismo).
Da Idade Média à Modernidade e a reação da Contemporaneidade
A Idade Média é o período situado entre a Idade Antiga e o renascimento / Modernidade, que alguns autores designam por ‘longa noite de trevas’, convictos de que nada de significativo foi produzido. Tal visão, é equivocada, pois a mundividência medieval tem início com o