A filosofia do capitalismo
Os protestantes moldaram suas vidas de acordo com a moralidade prática, ou seja, baseavam-se na demonstração da fé por meio das boas ações deste mundo, e boa ação, para eles, não era a caridade. Weber fala que essa boa ação era o trabalho. O trabalho é o caminho para a virtude, e é ele que disciplina o homem. O trabalho é um meio para a salvação. Esse trabalho, voltado para a boa ação e salvação, que inaugurou o novo capitalismo do século XVI. Porém, no século XVIII, o ganho deixou de ser um meio para se tornar um fim em si mesmo, ou seja, o fundamento ético religioso se perdeu e a fé dilui-se nos pecados. E assim, o homem foi se tornando cada vez mais prisioneiro de uma racionalidade cada vez mais instrumental.
A explicação para essa racionalidade instrumental encontra-se em “Crítica da razão econômica” de André Gorz. Ele explica que essa racionalidade é quando as pessoas passam a ter apenas um raciocínio econômico sobre o mundo. Ou seja, as pessoas começam a ter um “olhar pobre”, pois além de os valores morais se afetarem, o mundo não é apenas econômico. Gorz diz que a sociedade está em crise, pois ao mesmo tempo que há