A festa
O livro A festa, é uma obra com uma grandeza de significado social, foi iniciado em 1965, num momento de ditadura militar, indo contra a todos os meios de comunicação expressivos que pudessem se manifestar em meio a tanta repressão e finalizada apenas em 1975, no ano de 1976, recebe o premio Jabuti.
Ivan Ângelo e romancista, cronista, jornalista, professor e tradutor, nascido em Barbacena, vai ainda criança para Belo Horizonte, onde estuda e descobre seu grande interesse pela literatura.
A Narrativa se inicia com vários contos, assim podemos descrever-los por não terem aparentemente nenhuma relação um com o outro, são apresentados de várias formas: recorte de jornal, certidão de nascimento, parte de livros entre outros, onde o autor intitula de documentários. Toda a obra completa quase 200 páginas, contendo as seguintes partes: Documentários, Bodas de Pérola, Andrea, Corrupção, O Refugio, Luta de Classes, Preocupações, Antes da Festa e Depois da Festa.
O autor tem um olhar extremamente expressivo, e consegue ao longo da narrativa fazer com que cada parte se associe com o enredo principal do livro. "Tem o que duas retas de um ângulo têm em comum: um ponto. No caso, os nordestinos. Assim explica o narrador que faz alguns pronunciamentos ao longo da obra.
A obra que mostra histórias de pessoas que se envolveram nos fatos e clima de 1970 (ditadura militar, opressão), fato verídico que ocorreu em 30 de abril, na praça da estação em Belo Horizonte, onde mais ou menos 800 nordestinos reivindicavam comida, trabalho e moradia, e se confrontaram com a policia, tendo neste conflito um jornalista e um líder dos retirantes, ambos mortos. As histórias contadas expõem cada uma com sua situação particular, porém todas tendo relações uma com a outra. "Não é um livro sobre uma geração, mas sobre várias gerações que um dia se encontram no 1970 brasileiro".
O autor faz um sintagma nesta obra, consegue juntar unidades separadas para montar um único núcleo, isso faz