A ferrovia da morte
Essa historia se passa no ano de 1908, no cenário amazônico, durante a construção da estrada de ferro Madeira Mamoré. A trama se inicia quando o casal: Olímpio e Maria Valentina saem de São Paulo almejando uma vida melhor vendo na construção da estrada de ferro essa oportunidade. Porém quando chegam ao local descobrem uma realidade totalmente oposta a que imaginaram, ao invés disso, as pessoas eram presas às condições de sobrevivência. Olímpio adoece de malária e mesmo assim é obrigado a trabalhar. No meio tempo, sua mulher tem que aturar as diversas tentativas de aproximação do patrão da obra, o mercador boliviano Júlio, pois este abusava de muitas mulheres como forma de pagamento por comida, remédios, armas e etc. Valentina não se rendia as investidas do Boliviano, pois amava o seu marido, a quem tinha jurado fidelidade eterna.
Olímpio- Já tá pronta Maria, o navio parte as 3:00 e ainda não nos despedirmos dos oliveiras, você sabe como são esses portugueses...
Valentina- Sim meu amor, estou terminando as malas.
Olímpio- É...o seu João foi receptivo em nossa estadia no cortiço, não agradecer seria um falta de respeito as vistas dele, além do mais, por voltas que dá essa vida, talvez precisaremos novamente da sua ajuda
Narrador- Nesse estante uma mulher bate na janela
(SOM)
Mulher- Óxi Olímpio, vai assim, deixa noís, cê sabe que eu não concordo com esse invento menino, devia esperar mais um pouco, sai daqui das vista nossa, pra ir lá pro mato. Escuta sua madrinha menino...o negocio ta apertado mais tem nois,que qualque coisa pôde ajuda ocês. Mas lá no mato?
Olímpio- Minha madrinha, é garantido, não ficaremos só, o neto vai, a Joaquina e o marco, vai. E no mês que vem, João também.
Mulher- Nem me lembre, já me dá uns estrougu nos intestino só de pensar...é outro teimoso igualzinho a ocê
Olímpio- Minha madrinha, aqui não tá rendendo, lá teremos a oportunidade de trabalhar, e se com um tempo não dê fruto, voltaremos, se ganharmos o