História de Rondônia
Esta “viagem ao tempo” se dá em princípio ao Tratado de Petrópolis, assinado em 17 de novembro de 1903, que envolveu os países da Bolívia e Brasil. Os motivos para esse acordo se deram a um processo que se vê como uma troca de favores, devido ao fato das terras do Acre (atual estado brasileiro) pertencer à Bolívia, uma região que possuía uma busca intensa por látex que fez com viesse a ser ocupada por muitos seringueiros e brasileiros, em uma época de expansão da economia da extração da borracha. O tratado estabelecia que as terras do Acre devessem ser anexadas ao território brasileiro e em troca o Brasil assumiria a construção de uma ferrovia, mais tarde denominada Ferrovia Madeira Mamoré, que possibilitava a vantagem da Bolívia ter um meio de ligação para o escoamento de sua produção por meio do Oceano Atlântico até o Rio Madeira.
Percival Farquhar foi um grande magnata americano teve um papel muito importante na construção da Ferrovia Madeira Mamoré, tendo executado a obra entre 1907 e 1912, sob o seu controle realizou um grande trabalho, apesar de ter existido dificuldades em algumas tentativas. Uma obra tão grande, tal que, possuía milhares de trabalhadores recebidos de mais de 52 países diferentes, na qual a comunicação entre todos foi comprometida.
A região norte por todos era vista e considerada como uma região insalubre, chamada até por muitos como a “terra do demônio”, isso acontecia devido aos altos índices de mortes principalmente de trabalhadores, mortes originadas das demais doenças tropicais que assolavam a região, sem contar com os conflitos com indígenas e também ataques da fauna que era comprometida sem atendimento ao socorro imediato. A ferrovia era composta por dormentes de madeira, na qual sobre eles eram fixados os trilhos de ferro. O nome “dormente” possuía o significado que tinha uma ligação com as críticas que a região recebia, assim diziam, que cada dormente representava uma vida morta de um dos trabalhadores na