A fenomenologia estuda o universal
como dado a essência do fenômeno. O que eu conheço, ou o que eu vivencio é o mundo que pode ser conhecido por todos. É uma corrente de pensamento que não está interessada em colocar a historicidade dos fenômenos. Não introduz transformações à realidade, ou seja, mantém-se conservadora; apenas estuda a realidade com o desejo de descrevê-la, ou apresentá-la tal como ela é, sem mudanças. Exalta a interpretação do mundo que surge intencionalmente à nossa consciência, sem abordar conflitos de classes e nem mudanças estruturais
(Triviños, 1987, p. 47-48).
A descrição fenomenológica funda-se sobre o vivido, sobre o real mais íntimo, que ela se esforça por recuperar num plano temático. Trata-se de uma “volta às próprias coisas” segundo o programa husserliano de transcender as representações espontâneas do empirismo; no mesmo movimento, a fenomenologia quer atingir a essência dos fenômenos. “A intuição da essência se distingue da percepção do fato: ela é a visão do sentido ideal que atribuímos ao fato materialmente percebido e que nos permite identificá-lo” (Bruyne, 1991, p. 76).
A fenomenologia constitui um processo epistemológico com o qual as ciências sociais deveriam esclarecer suas problemáticas; ultrapassa, entretanto, como filosofia as ambições estritamente científicas (Bruyne, 1991, p. 80).
“A riqueza da fenomenologia, seu lado positivo, é seu esforço por apreender o próprio homem por baixo dos esquemas objetivistas com os quais a ciência antropológica não pode deixar de recobri-lo e é evidentemente sobre essa base que é necessário discutir com a fenomenologia” (Bruyne, 1991, p. 80).
Na pesquisa, eleva o ator, com suas percepções dos fenômenos. Seu objeto principal é o mundo vivido, pois as vivências serão seus primeiros dados absolutos.
A fenomenologia ressalta a idéia de “ser o mundo criado pela consciência”. A realidade é construída socialmente.
A pesquisa educacional, especialmente dos