A Felicidade, Sob a Pespectiva Filosófica
A Felicidade, para os gregos a finalidade última da existência humana, por ser mal interpretada é causadora de diversas contradições e enganos, levando inúmeras pessoas a cometerem, mesmo que inconscientemente, atitudes errôneas para alcançá-la, estas que não só prejudicam-nas como também às demais pessoas ao seu redor, sendo capazes de tudo para a autossatisfação de seus desejos, acreditando que com isto serão felizes ou pelo menos, não mais infelizes, o que resulta na violência, no egoísmo e na criminalidade expostas nas sociedades atuais. Todavia, ao contrário do que pensam, a felicidade é fruto de uma atitude sutil e introspectiva, e jamais será alcançada por meios tão externos.
A felicidade é muitas vezes confundida com a sensação de prazer proporcionado pelos sentidos, o que nos leva a cometer uma série de enganos em relação a ela e a sua busca. O mundo sensível, na concepção platônica, nunca será capaz de prover a verdadeira felicidade, pois é instável e ilusório, e a natureza da mesma é de outra dimensão, uma dimensão paralela e extrafísica, o famoso mundo das ideias, ou mundo real, lar dos arquétipos, os moldes ideais dos objetos do mundo físico, ou sensível, que é composto pelas “sombras” do mesmo. Para Platão, a felicidade só seria alcançada através do conhecimento, proporcionado pela dialética, e da ginástica, sendo esta última responsável pelo autodomínio do corpo e suas paixões.
As pessoas, no mundo atual, tendem a colocar suas aspirações e desejos em primeiro plano, creditando sua felicidade a fontes materiais e externas a si mesmas: aos bens matérias, prazeres carnais, a saúde do corpo etc. Para Aristóteles a felicidade advinha da realização de sua virtude, que seria a característica que lhe é inerente e exclusiva, como por exemplo, uma macieira, sua virtude é produzir maçãs. Para ele a virtude do homem era a razão e a felicidade humana estaria vinculada a prática da mesma, pois não bastava somente a posse da virtude, mas também