A farsa da reforma política e a famigerada lista partidária.
Cardozo, Jeorge Luiz* [pic]
E: mail: jcardozo2009.1@gmail.com
Quando me coloco face a face com o tema que ora se propõe, ou seja, a Reforma Política e a famigerada Lista Partidária proposta na Reforma Política engendrada pelo Congresso Nacional e de como, nesse campo, se configura o reflexo de um golpe contra a frágil democracia brasileira, sinto-me compelido em ampliar a discussão, deixando de ser uma única voz contrária a mais esse golpe que a “elite podre” política brasileira articula, isso, principalmente, pelo olho grosso dos caciques políticos no financiamento público de campanha vem trazendo em seu bojo.
Destarte, porque em conseqüência de minha trajetória acadêmica e profissional, tenho tido a oportunidade de viver esses golpes contra a democracia – sinto-me com o privilégio de poder ser o porto-voz contrário a mais esse golpe e é, nessa condição, que vou desenvolver minha reflexão.
Em primeiro lugar, acho imprescindível (re) tomar as mobilizações de ruas contra esse golpe. Afinal, a quem interessa o famigerado listão partidário?
Esse listão só pode interessar de fato, aos caciques partidários que se acham dono das agremiações partidárias e seus afilhados políticos (exemplo disso, é o Fundo Partidário) e que, a partir de um interesse de poucos, pressupõe a usurpação de bens públicos e de interesse coletivo. Nesse sentido, tanto pode estar relacionado à tomada de assalto dos votos de candidatos não afinados com os dirigentes partidários (diga-se apadrinhados), e nesse caso os demais passam a serem coadjuvantes no processo eleitoral, também, pode ser de interesse de um grupo em detrimento do todo.
Desse modo, os demais candidatos passarão a ser apenas puxadores de votos, para a manutenção do status quo dos mesmos grupos políticos que já dominam o cenário político nacional e tanto mal nos tem trazido como a história curta de nossa frágil democracia