A Expatriação como uma Ferramenta de Mudança Organizacional
A Expatriação como
Ferramenta de Mudança e
Desenvolvimento Organizacional
Introdução
Na era da globalização as organizações sentem-se impulsionadas a promover a veiculação de ideias, produtos, informação e pessoas por todo o mundo (Bilhim, 2009).
Neste sentido, o fenómeno da globalização, que surge como uma nova forma de organização da sociedade, tem proporcionado a internacionalização de muitas empresas.
As diversas transformações que são visíveis a vários níveis lançam novos desafios à gestão, no geral, e à Gestão de Recursos Humanos (GRH), em particular. A complexidade do conhecimento e a sua permanente difusão, o desenvolvimento tecnológico e comunicacional, as transformações demográficas e sociais, o desenvolvimento sustentável, a importância dada ao capital humano, entre outros, são tudo factores com os quais as organizações têm que lidar.
Para enfrentar estes e outros desafios, as empresas que ultrapassam as suas fronteiras originais devem ser capazes de obter um controlo estratégico globalmente coordenado das suas operações, tanto a nível nacional como internacional. E, mais do que a elaboração de estratégias eficientes, este é um percurso que implica uma mudança profunda na forma de pensar e nas atitudes de muitos gestores. Envolve a criação de novos relacionamentos transculturais, a difusão mais alargada da imagem da organização, o desenvolvimento de diferentes canais de distribuição e comunicação e, acima de tudo, compreende uma nova estrutura social baseada no crescimento do conhecimento global, na experiência e informação e no desenvolvimento de novos recursos e capacidades (Bartlett e Ghoshal, 1988 e 2000).
É neste contexto que a temática da expatriação vai tomar contornos relevantes, uma vez que a mesma vai ter um papel fundamental nas empresas que se querem expandir noutras culturas, ou que já estão inseridas nas mesmas. Um exemplo disso são as multinacionais, com diversos colaboradores em